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O idoso merece nossa atenção, nosso respeito e carinho.

Criado: 28 Maio 2014 | Atualizado: 11 Maio 2023
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Por Getúlio Oliveira

A mídia através dos seus veículos de comunicação vem mostrando os crescentes maus tratos que os idosos vêm sofrendo em todo mundo, principalmente no Brasil. Maus tratos que deixa a todos perplexos com tanta crueldade que vem sendo praticado contra as aquelas pessoas que diante de uma enfermidade se acham indefesos e a mercês de pessoas que não estão capacitadas e nem qualificadas para ser um acompanhante de um idoso. Respeito é um direito e dever de todo ser humano independente de sua idade, sexo, raça, crença religiosa e condição socioeconômica.

Como já ouvi dizer, é respeitando que se é respeitado, e acho isto uma grande verdade. Como seres humanos, somos iguais, mas ao mesmo tempo diferentes. Iguais por sermos da mesma espécie, carregarmos constituição genética semelhante, sermos Filhos de um mesmo Pai, como pregam várias religiões.

Somos diferentes na personalidade, na aparência física, nos gostos, nas preferências e nas atitudes. O idoso precisa ser respeitado como indivíduo e em suas particularidades, que muitas vezes é vítima de desrespeito, negligência, omissão, ou mesmo violência física e/ou psicológica. Respeitar é aceitar, acolher, amar e querer bem. Falamos que o idoso precisa envelhecer com dignidade, mas devemos ir além: todos nós precisamos viver e envelhecer com dignidade.

Falar em envelhecimento é referir-se aos idosos de hoje e nos colocarmos no lugar de idosos num futuro a curto, médio ou longo prazo. Viver com dignidade é ter sua condição de ser humano respeitado, com qualidade de vida e sem constrangimentos (uso esta palavra num sentido bem amplo, já que muitos ainda enxergam a velhice como caduquice e vergonha em relação ao corpo, à mente e aos pensamentos envelhecidos). Envelhecer com dignidade é ter respeitada a sabedoria que pode ser adquirida com os anos de experiência de vida. O idoso também precisa ter oportunidades: para viver, amar, ser amado e envelhecer com qualidade de vida, independente de estar passando por um processo de envelhecimento bem sucedido ou patológico.

E quem pode oferecer estas oportunidades ao idoso?

Todos nós: a sociedade em geral, que respeita e insere o idoso em seu meio, a família que cuida integralmente do idoso e faz esforços por sua qualidade de vida e, principalmente, devemos cobrar das autoridades a concessão destas oportunidades. Para envelhecer bem o idoso precisa de políticas públicas de saúde voltadas para a prevenção, a promoção e a reabilitação da saúde específica para esta faixa etária; precisa ter segurança, acesso à educação, sempre que desejar.

Necessita de uma Previdência que lhe garanta condições para um envelhecimento de qualidade. Enfim, o idoso precisa que lhe concedam uma série de oportunidades que, na realidade, já seriam dele por direito. Precisamos que todos lutem pelos direitos dos nossos idosos e pelos nossos próprios direitos daqui a uns anos.

Será que somos capazes de lembrarmos desse tempo, quando éramos bem pequeno, eles gastavam horas nos ensinando a usar talheres na refeição. Ensinando a nos vestir, amarrar os cadarços dos sapatos, fechar os botões da camisa, limpando nós quando sujávamos nossas fraldas, ensinando a fazer a nossa higiene pessoal e principalmente os valores morais. Por isso, quando eles ficarem velhos um dia, e seria bom que todos pudessem chegar até aí, (não preciso explicar não é?) quando eles começarem a ficar mais esquecidos e demorarem a responder, não se chateiem com eles, quando eles começarem a se sujar nas refeições, quando as mãos deles começarem a tremer enquanto penteiam os cabelos, por favor, não se apresse! Porque você está crescendo aos poucos, e eles envelhecendo.

Basta sua presença, sua paciência, sua generosidade, sua retribuição, para que os corações deles fiquem aquecidos. Se um dia eles não conseguirem se equilibrar ou caminhar direito, segura firme as mãos deles e os acompanhe bem devagar, respeitando o ritmo deles durante a caminhada, da mesma forma que eles respeitaram o seu ritmo quando lhe ensinaram a andar.

Fique perto deles, assim como eles sempre estiveram presentes em sua vida, sofrendo por você, torcendo por você e vivendo por você.

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Comentários

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João Silva
21 Janeiro 2022 | 18:26 pm

ótimo artigo parabéns


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Carlos Henrique Barboza Da Silva
11 Novembro 2021 | 13:11 pm

obrigado pela a ajuda graças a esse site conseguir realizar minha tarefa


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Alda Maria Latini Sofiati
24 Outubro 2021 | 02:19 am

Sou idosa com 73 anos. Sou Mãe. Tenho 2 filhos, um com 46 anos e o outro com 43. Sou viúva. A mais de 20 anos moro completamente sozinha. Meus filhos não me permite morar perto deles na mesma cidade. A mais de 20 anos eles moram em São Paulo e eu morava no Rio de janeiro minha cidade natal, onde tenho minha residência. Agora estou na cidade de Taubaté. Desde que começou a pandemia, achei que estando um pouco mais próxima da cidade de São Paulo onde eles moram eles passariam a me dar atenção. Mas não fez diferença. Eles pagam minhas necessidades mas não me aceitam perto deles e não se fazem presentes. Com essa situação venho passando por situações muitos difíceis cada vez mais. E com a pandemia estou a quase 2 anos trancada numa apartamento completamente sozinha sem conhecer a cidade, aqui não tenho familiares nem amigos. Cheguei aqui em Taubaté, sem conhecer a cidade. Ficando cada vez mais difícil, procurei ajuda no CREA. Fiquei muito decepcionada quando procurei o CREA. A assistente social que me atendeu, numa ligação que fiz, marcou de vir a minha casa para me conhecer, conversar contigo. Antes de terminar a ligação ela me falou que depois de me conhecer iria telefonar para meus filhos. Sendo assim, passei para ela o número do celular de meus filhos. Mas ficou combinado que ela só iria procurar meus filhos depois de ter vindo a minha casa me conhecer e conversarmos pessoalmente. Dois dias depois recebi uma ligação de meu filho mais velho, gritando comigo, como é de costume e me falando que ia me internar num asilo pela orientação da assistente social que já tinha ligado para ele sem antes ter vindo a minha casa para me conhecer e conversarmos pessoalmente o que ficou acertado quando eu entrei em contato com ela no CREA. Essa atitude da assistente social me prejudica até momento. Se meus filhos já não me respeitavam agora por qualquer necessidade que eu peça a ajuda deles eles falam que só tem uma solução, seguir a orientação da assistente social me internando num asilo. Só não estou internada num asilo porque não aceito essa situação. Bem, me extendi porque cada dia vai ficando mais difícil, impossível, me cuidar sozinha completamente afastada de meus filhos. A informação de Vocês é de grande valia. Pude mais uma vez, me certificar dos meus direitos como idosa. Mas infelizmente, não sei mais o que fazer a quem buscar ajuda sendo que meus filhos agora além de continuarem distantes querem me internar num asilo. E, quando falam comigo me agridem verbalmente de forma que me deixa muito mal, fragilizada cada vez mais e sofrendo de depressão desde fiquei sem meu marido fico deprimida demais. Desejo estar deixando aqui meu para depoimento para mostrar o que vem acontecendo com um idoso.
Antecipadamente, agradeço a atenção
Alda Maria Latini Sofiati


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